Uma denúncia de assédio sexual e moral registrada há cinco meses no âmbito do Sistema Penal do Tocantins ainda não teve conclusão no processo investigativo. A tramitação do caso tem gerado questionamentos sobre a celeridade e a transparência da apuração conduzida pelos órgãos responsáveis.
De acordo com informações fornecidas de forma anônima à reportagem, o investigado possui vínculos pessoais com o Corregedor Geral da Secretaria de Cidadania e Justiça (SECIJU) e com o Subsecretário da Pasta, o que, segundo a denúncia, “sugere uma possível proteção institucional indevida”.
O conteúdo da denúncia também aponta que a pessoa afetada está atualmente em tratamento psicológico em decorrência dos impactos emocionais e profissionais sofridos após o ocorrido. “Desde que a denúncia foi feita, não houve avanço significativo. A sensação é de abandono. A morosidade e a falta de clareza no processo agravam ainda mais a situação”, diz um trecho do relato.
Ainda segundo a denúncia, há uma solicitação para que a Corregedoria Geral do Estado avoque o processo. “Considerando a relação pessoal entre o denunciado e membros da alta gestão da SECIJU, é necessário garantir uma investigação imparcial. A única forma de assegurar isso é com uma apuração externa, independente e isenta”, afirma a manifestação.
A reportagem entrou em contato com a SECIJU solicitando informações sobre o andamento da investigação e um posicionamento quanto às alegações feitas na denúncia anônima. Até o momento da publicação, não houve resposta.
A manifestação anônima finaliza com um apelo para que o caso seja tratado com seriedade e urgência. “O silêncio institucional e a falta de respostas representam uma segunda violência. É preciso que haja responsabilização e que as vítimas de assédio no serviço público possam confiar nos mecanismos de proteção.”