A operação ´´Moiras´´ deflagrada pela Polícia Federal (PF) na manhã desta sexta-feira, 24, teve como um dos alvos o ex-prefeito de Palmas Carlos Amastha (PSB). A operação que investiga fraudes no fundo da previdência de Palmas foi realizada na Capital Tocantinense e em mais 10 cidades do País. O advogado do Ex-prefeito, Márlon Reis, divulgou uma nota em que rebate as acusações contra seu cliente.
De acordo com Márlon Reis, o empresário não tem nenhum envolvimento com o crime investigado e que o modo em que os policiais entraram na propriedade do empresário foi ‘’absolutamente abusivo e injustificado aos olhos da Lei’’.
Leia a nota
´´Sobre o ocorrido hoje, é fundamental esclarecer que Carlos Amastha não tem, nem nunca teve, qualquer envolvimento ou ligação com os atos ocorridos no PREVIPALMAS. Todos os documentos que foram juntados ao processo apenas comprovarão de maneira cristalina que Amastha não tem qualquer envolvimento com o fato.
Importante destacar que o que houve hoje foi um ato absolutamente abusivo e injustificado aos olhos da Lei. Isso será plenamente provado ao longo das investigações.
O que fica evidente é uma ação política orquestrada, envolvendo injustamente o nome de Amastha, numa investigação da qual não tem envolvimento algum. E isso se dá justamente num período eleitoral, na tentativa brutal de manchar sua imagem como pré-candidato a Prefeito de Palmas.
Os fatos discutidos já foram objeto de uma CPI na Câmara Municipal de Palmas, proposta pelo próprio Amastha enquanto prefeito da Capital, de uma investigação dentro da Prefeitura Municipal com auditoria das contas do instituto e de análise minuciosa feita pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE) nas contas do PREVIPALMAS e em todas essas investigações, ficou absolutamente claro que NÃO HOUVE qualquer envolvimento de Amastha.
Há mais de 6 anos, Amastha não ocupa cargo público algum. Todos os seus recursos são resultado do suor do seu trabalho digno na iniciativa privada, como é de conhecimento irrestrito da sociedade, o que torna a ação de hoje ainda mais injustificada e arbitrária, tal como será provado ao longo das investigações.´´
Operação da PF
A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta sexta-feira, 24, a Operação Moiras, com o objetivo de esclarecer possíveis crimes de corrupção ativa, corrupção passiva, gestão fraudulenta, peculato e lavagem de dinheiro possivelmente praticados em prejuízo do Instituto de Previdência Social do Município de Palmas (PREVIPALMAS).
Policiais federais cumpriram 27 mandados de busca e apreensão nas cidades de Palmas (TO), Araguaína (TO), Paraíso do Tocantins (TO), Monte do Carmo (TO), São Paulo (SP), Piracicaba (SP), Rio de Janeiro (RJ), Petrópolis (RJ), João Pessoa (PB), Oiapoque (AP) e Santo Antônio de Goiás (GO). Os mandados cumpridos foram expedidos pela 4ª Vara Federal Criminal da Seção Judiciária do Tocantins.
O Inquérito Policial apura, entre outros fatos, suspeitas de direcionamento e conluio entre empresários, servidores públicos e agentes políticos para que o PREVIPALMAS aplicasse R$ 50.000.000,00 em fundos que não possuem liquidez (“fundos podres”), o que ocasionou um potencial prejuízo de R$ 74.433.036,70. A investigação tem por objeto identificar todas as pessoas que participaram das supostas ações criminosas, colher elementos probatórios suficientes para a comprovação dos fatos e a recuperação dos recursos supostamente desviados.