A decisão judicial que cassou os mandatos da prefeita de Rio da Conceição, Edinalva Oliveira Ramos (PT), e da vice-prefeita, Cristina Dias (PV), gerou revolta entre moradores da cidade, que enxergam uma motivação política no processo. A condenação, que ainda cabe recurso, se baseia no suposto uso de maquinário público para beneficiar um empreendimento privado e no atraso no pagamento de servidores ligados à oposição.
Apesar da sentença, Edinalva e Cristina seguem no cargo, já que a Justiça não determinou o afastamento imediato. Além disso, não foram declaradas inelegíveis, o que reforça a tese de que não há provas suficientes para impedir sua participação em futuras eleições.
Para muitos moradores, a ação judicial foi uma retaliação política. Dona Maria, moradora antiga da cidade, acredita que o grupo adversário não aceitou a derrota nas urnas. “Elas ganharam com mais de 400 votos de frente e já os perdedores já entraram com esse processo. Quem perde com isso é a cidade, que pode ficar parada por questões políticas”, lamenta.
A defesa da prefeita nega qualquer irregularidade e afirma que Edinalva desconhecia o uso das máquinas. O caso segue em instâncias superiores, que podem confirmar ou reverter a decisão. Enquanto isso, o clima de polarização aumenta entre os moradores.