Cleudson Araújo, perito criminal da Polícia Técnico-Científica do Tocantins, tem se destacado em uma batalha por inclusão. Ele busca a implementação de cotas para pessoas com deficiência nos concursos públicos para a Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros do Estado. Araújo, que também possui deficiência, é um defensor ativo da causa e já solicitou ao Estado a criação de uma reserva de vagas para candidatos com deficiência nesses processos seletivos.
A proposta de Cleudson Araújo visa garantir que os concursos da Polícia Militar e dos Bombeiros, áreas historicamente sem políticas de reserva de vagas para pessoas com deficiência, sejam acessíveis para todos. Segundo ele, a falta de inclusão tem impedido que muitas pessoas com deficiência, que têm as qualificações necessárias, tenham a oportunidade de servir ao Estado nessas instituições. “A inclusão de cotas nos concursos da segurança pública é fundamental para garantir oportunidades e representatividade”, afirma.
O perito também buscou o apoio da Defensoria Pública do Tocantins, solicitando que o órgão se una à luta e atue pela implementação da política de cotas. Em uma reunião com representantes da Defensoria, Cleudson expôs os argumentos e as necessidades de milhares de pessoas com deficiência que enfrentam barreiras para ingressar em carreiras da segurança pública. O objetivo é que a Defensoria intervenha junto ao Estado para garantir o direito de inclusão.
Além de sua atuação profissional, Araújo é um exemplo pessoal da superação e do compromisso com a igualdade de oportunidades. Ele espera que sua luta por cotas inspire outras instituições e estados a refletirem sobre a importância da inclusão em todos os setores da sociedade, especialmente em áreas como a segurança pública, onde a diversidade pode trazer novas perspectivas e enriquecer os serviços prestados à população.
A resposta do governo do Tocantins ainda não foi oficializada, mas a expectativa de Cleudson e de apoiadores é que as cotas sejam aprovadas, abrindo caminho para uma sociedade mais justa e inclusiva. “Nossa luta é por respeito e igualdade. É essencial que a segurança pública seja um espaço onde todos possam contribuir”, conclui Cleudson.