Uma policial civil foi presa na noite desta sexta-feira, 8, suspeita de atirar contra próprio marido após uma discussão. Segundo o boletim de ocorrência feito pela Polícia Militar (PM), ela sofreu um surto, sacou a arma e atirou. Em seguida, socorreu o companheiro e o levou para o Hospital Geral de Palmas (HGP).
A Secretaria da Segurança Pública (SSP) informou que o caso foi registrado, e a servidora foi autuada em flagrante pelo crime de lesão corporal grave, na presença da corregedoria. Atualmente ela se encontra sob custódia da Polícia Civil (PC), aguardando manifestação judicial.
Internado na sala vermelha do hospital, o homem relatou que estava em uma pizzaria comemorando o aniversário do pai. Informou ainda que foi até a casa, onde vive com a companheira, onde houve uma discussão.
No documento diz que a agente ficou chateada pelo fato de o companheiro ter ido à pizzaria sem ela “e que em total desequilíbrio em decorrência de surto psicótico, pois a mesma, segundo a vítima, está passando por problemas profissionais, sacou sua arma e efetuou um disparo de arma de fogo”, complementa.
O tiro acertou no ombro da vítima, que foi socorrida. A polícia soube do caso após o marido dar entrada no HGP.
Polêmica
A agente se envolveu em uma polêmica dias atrás, ao usar as redes sociais para fazer denúncias de assédio moral e sexual contra o delegado chefe da 2ª Delegacia de Polícia Civil de Palmas.
A agente disse que trabalhou na 2ª DP entre 2021 e 2022. A servidora relatou uma sequência de situações abusivas que já tinham sido denunciadas à corregedoria. Segundo ela, os assédios começaram aos poucos e como brincadeiras.
“Começava a falar da minha aparência, do meu modo de vestir. Ficava fazendo brincadeiras meio bobas: ‘porque você não usa saia?’, ‘porque não usa vestido?’. ‘Você está vindo parecendo um machão’. Foram coisas corriqueiras que começaram aos poucos”, contou.
A Secretaria de Segurança Pública (SSP) afirmou que a Corregedoria-Geral da Polícia Civil apura as denúncias e o procedimento é sigiloso. O delegado nega as denúncias e afirma que se trata de uma “falácia fantasiosa” e de uma “narrativa” criada depois que a servidora não conseguiu ser transferida.